Neste blog, postarei textos que tenham algo a ver com a minha profissão. Portanto, se você se interessa pela Psicologia, leia os posts e lembre-se de deixar seus comentários. Estou certa de que trocaremos boas idéias neste espaço. Meu email: rozangelajustino@gmail.com

sexta-feira, 30 de abril de 2010

OS PSICÓLOGOS E A CONSTRUÇÃO DAS FUTURAS NORMAS QUE VÃO REGER A SUA PROFISSÃO

PSICÓLOGOS BRASILEIROS EM AÇÃO

Proposições aos participantes da criação de futuras normas e políticas do CFP/ CRPs (Visite o blog: http://psicologosbrasileiros.blogspot.com)

NÃO PERMITA QUE OS PSICÓLOGOS contribuam para com a NATURALIZAÇÃO DA PEDOFILIA, sem se dar conta disso a partir de teses que apresentam palavras com significados diversos.

Termos como: LIVRE EXPRESSÃO DE TODAS AS FORMAS DE ORIENTAÇÃO E DIVERSIDADE SEXUAIS podem dar margem para que a pedofilia seja naturalizada também, como uma das diversas formas de expressar a sexualidade, pois tais expressões parecem incluir a orientação do desejo sexual para com as crianças, como um direito humano.

Vejam o alerta da psicóloga ROZANGELA JUSTINO:
http://psicologarozangelajustino.blogspot.com através dos artigos:

"A „NORMALIZAÇÃO‟ DA PEDOFILIA"

"A RELAÇÃO DO ABUSO SEXUAL COM A VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES E COM A HETEROFOBIA"

"PEDOFILIA: UMA SABOTAGEM AOS DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES"


PSICÓLOGOS, DEFENDAM A VIDA HUMANA DESDE O VENTRE DA MÃE!

Não pactuem com o assassinato de seres indefesos no ventre de suas mães. MATAR é crime. O aborto é um crime. ASSASSINAR CRIANÇAS NO VENTRE DA MÃE É UMA DAS VIOLÊNCIAS MAIS CRUÉIS QUE EXISTEM CONTRA A CRIANÇA! Normalmente, as mulheres abortam quando o feto está com 10 semanas. Você já viu um bebê com 10 semanas de vida?

O PNDH 3 apoia estas atrocidades, dentre outras expressões que sugerem a imposição da ideologia totalitária, e em nome dos direitos humanos.


Para mais informações:
Se você deseja receber os informativos da psicóloga ROZANGELA JUSTINO envie seu
nome com endereço de correspondência e/ou seu e-mail
para o endereço: CAIXA POSTAL 106.075 – Niterói – RJ CEP 24.230-970 ou para o
e-mail: rozangelajustino@gmail.com

domingo, 25 de abril de 2010

A RELAÇÃO DO ABUSO SEXUAL COM A VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES E COM A HETEROFOBIA



Rozangela Justino[1]

“Pode ser possível enganar todo o povo parte do tempo, ou parte do povo todo o tempo. Mas não enganar todo o povo todo o tempo” (Lincoln)


Desde 1988 até 2009
[2], tanto em meu consultório como nas instituições de apoio a quem voluntariamente deseja deixar a homossexualidade, ouvi relatos de homens adultos sobre como começaram o envolvimento sexual com pessoas do mesmo sexo na infância e/ou adolescência. Assim, este artigo propõe uma breve análise quanto à banalização do abuso sexual de crianças e adolescentes em nossa sociedade e a estreita relação de tal tipo de abuso com a violência contra mulheres e com a heterofobia[3].

A literatura dos movimentos sociais que visam à liberação de todas as formas de expressão e diversidade sexuais (do pansexualismo, passando pela legalização da prostituição de homens e mulheres, até a pedofilia) está cheia de histórias semelhantes às que ouvi durante anos de prática profissional e participação em instituições de apoio a quem deseja deixar a condição homossexual. Por isso, para esta análise específica, foi selecionado o artigo de Welzer-Lang
[4], que reconhece a ocorrência de constantes relações homossexuais na “educação dos meninos”. Estes são obrigados a participar de “brincadeiras sexuais” que incluem a masturbação – às vezes, até com a participação de adultos –, sendo a exposição individual e coletiva de meninos à pornografia o meio de estímulo para excitação mútua.

Welzer-Lang denominou de “A Gaiola da Virilidade” o lugar de risco e abuso em que ocorre a “aprendizagem” sexual entre os meninos, perfeitamente aplicável à cultura masculina brasileira. O autor define o que chama “antecâmara da casa dos homens” como um lugar frequentado, periodicamente, por homens adultos que ocupam o lugar de irmão mais velho do menino - “encarregados de controlar a transmissão dos valores” – como também pedagogos, monitores de esporte, chefes de escoteiros, determinados artistas e outros, inclusive dos líderes religiosos, dos quais não se suspeita. Alguns se fazem presentes fisicamente e outros não, alguns agem através de “mensagens sonoras”, de imagens que podem ser observadas nesse lugar de risco, manifestas, inclusive, através de denominados artistas, cantores, poetas. Para Lang, na cultura de cada vilarejo, independente de classe social, numerosos meninos são abusados, pois entre eles se transmite a ideia de que para ser viril é preciso sofrer. Entendo que esta é uma falsa ideia, pois é como se a virilidade viesse do sofrimento e não fosse parte da natureza do ser humano do sexo masculino. O autor reconhece, ainda, que o iniciado em tais brincadeiras “obrigatórias” entre integrantes do sexo masculino guarda “marcas indeléveis”.

As brincadeiras agressivas que demonstram superioridade física, tais como golpes, socos, pontapés, empurrões e simulação de brigas, são preliminares da pressão constante que leva os meninos a realizarem “brincadeiras sexuais”. Ainda as ofensas, o roubo, a ameaça, a gozação, o controle e a pressão psicológica também fazem parte do repertório para que meninos e adolescentes obedeçam e cedam às injunções e aos desejos de outros iguais. Particularmente, concordo quando Welzer-Lang afirma que esse tipo de relacionamento leva os mais frágeis emocionalmente a se colocarem no “papel de mulher”, enquanto gera agressividade e competição entre os demais. Estes meninos, que se veem como menos frágeis, então, passam a agredir as mulheres como uma forma de negação do receio de se parecer com qualquer uma delas.

Dessa forma, entendo que as “brincadeiras sexuais” na infância possam ser uma explicação plausível para a violência cometida contra a mulher por tantos homens, os quais acabam se deparando com a punição prevista na Lei Maria da Penha
[5].

Parece redundante repetir, mas importa observar que Lang reconhece os reflexos negativos do abuso na vida adulta de quem foi sexualmente abusado na infância, além da possibilidade de os participantes desse tipo de relação reproduzir a violência que sofreram. Isso confirma as estatísticas, que apontam para um grande percentual de abusados entre os autores de abusos sexuais, ou seja, para uma das resultantes mais terríveis deste tipo de violência para a vida adulta, pois o abuso sexual entre meninos se torna uma bola de neve com consequências desastrosas.

As estatísticas mostram que 50% das vítimas de abusos sexuais se tornam autoras de abusos sexuais.
[6] O abuso sexual, sendo praticado de forma violenta ou não, é um tipo de agressão perversa que leva muitos dos abusados a se tornam autores deste ou de outros tipos de abusos, dentre eles a agressão contra mulheres.

Não se pode negar que a maioria dos meninos e meninas passou por esta experiência na infância e/ou adolescência devido à forte cultura abusiva que encontra respaldo na banalização do abuso entre os meninos. Observa-se que muitos homens envolvidos com o abuso sexual desenvolveram problemas como baixa autoestima e sentimentos de inferioridade, sentindo-se como se fossem menos homens que os demais. Além desses, outros aspectos negativos perduram durante muitos anos nessas vidas, caso não recebam acompanhamento de uma rede de apoio, basicamente composta por profissionais, grupos de apoio e mútua-ajuda e religioso, para superarem os seus traumas.


A luta para provar a masculinidade parece continuar ao longo dos anos de vida de muitos homens, ainda que não alimentem as “brincadeiras” com parceiros do mesmo sexo na vida adulta. Já as meninas, acabam nutrindo sentimentos negativos com relação aos homens, de forma generalizada, devido aos abusos que sofreram por parte deles. Além disso, elas também podem repetir os mesmos ou outros abusos com outras meninas e também com os meninos, inclusive na vida adulta, como a pedofilia por parte da mulher. Portanto, é possível concluir que o abuso entre meninos e meninas, de todas as idades, é uma violência com consequências graves para a vida adulta.

Muitos meninos, infelizmente, acreditam no mito de que precisam aprender a sofrer para se “tornarem homens” e acabam aceitando a “lei” dos mais velhos ou dos que já passaram por experiência de abuso sexual. Essa dinâmica se efetiva tanto através das interações homossexuais – quando um subjuga o outro com a “brincadeira” sexual – quanto também através de outras “brincadeiras” envolvendo tapas, pontapés, socos etc. Os meninos subjugados não se queixam dessas agressões para que a sua masculinidade não seja questionada.

Segundo Lang, ao mesmo tempo em que os meninos sentem prazer nestes encontros coletivos, em que um tenta se relacionar com o outro como se fosse mulher, há uma constante luta para provarem a própria masculinidade entre si. Observo que, normalmente, os meninos relatam prazer sadomasoquista “nas brincadeiras sexuais” (= abuso sexual); porém, o fato de sentirem prazer não significa ausência de consequências negativas para a vida adulta tanto daqueles meninos que desenvolveram alguma forma de homossexualidade como também para os que mantiveram a heterossexualidade.

Na verdade, os abusos sexuais nem sempre são atos agressivos, como já foi dito antes, e os meninos não podem impedir o prazer deste tipo de aproximação. Assim, pelo fato de terem sentido prazer, alguns homens se enganam pensando que “são” homossexuais e não que “estão” homossexuais. Isso se explica porque somos seres sexuados e os contatos físicos carinhosos podem nos estimular de forma a sentirmos prazer. Contudo, uma vez ocorrido o abuso, outros sentimentos negativos também podem aflorar, simultaneamente, desses contatos, tais como nojo, medo, dor, culpa, inferioridade, impotência, fragilidade, raiva, sensação de estar fazendo algo errado, inadequado, e outros.

Defendo a hipótese de que o prazer que essas relações abusivas podem produzir, principalmente quando não ocorrem da forma violenta clássica, mas velada, – por isso, mais perversa – somado ao fato de serem parte das “brincadeiras” masculinas em vestiários, banheiros de escolas, playgrounds, shoppings e outros lugares, isto é, onde quer que pessoas do sexo masculino, de todas as idades, estejam juntas com outras neste mesmo tipo de interação, explica o empenho do movimento da liberação sexual. Tal movimento parece fazer coro com o movimento do amor erótico entre adultos e crianças
[7] para naturalizar o consentimento da relação sexual entre pessoas de todas as idades; especialmente na infância, quando as crianças estão descobrindo suas partes genitais e são estimuladas, precocemente, a entender o seu funcionamento.

O lobby desse movimento social, no Congresso Nacional, e a triste realidade da sua presença no Ministério da Educação através da “educação para a livre expressão da orientação e diversidade sexual, sem discriminação e preconceito”, pode ser claramente observado. Em meu entendimento, esta é uma forma perversa de inverter valores: fazer parecer natural e boa a relação sexual abusiva e pervertida entre crianças, de adolescentes com crianças e de adultos com crianças/adolescentes.

Welzer-Lang revela muitas verdades, as quais se confirmam tanto na história de pacientes quanto na de apoiados dos ministérios de apoio aos que voluntariamente desejam deixar a homossexualidade. Os homens envolvidos nos jogos sadomasoquistas podem agredir fisicamente as mulheres e também abusar sexualmente delas, tanto na vida adulta quanto na infância e/ou adolescência. Meninas que já assistiram cenas de agressividade masculina, ou que já foram agredidas e/ou abusadas sexualmente, podem alimentar uma aversão a homens – muitas, inclusive, se unem na luta contra os homens heterossexuais. Tal fato explica a união dos movimentos sociais feminista com o de gays e lésbicas para o extermínio do homem macho heterossexual, conforme afirma o Dr. Sócrates Nolasco. O ódio generalizado aos heterossexuais sugere uma enfermidade social que precisa ser reconhecida pela OMS – Organização Mundial da Saúde – como mais um tipo de transtorno dentre os ligados à fobia.

Cabe ressaltar que, nesse contexto, várias crianças e adolescentes abusados que não puderam se defender ou não foram protegidos na ocasião em que ocorreu o abuso, nutriram sentimentos de ódio e fizeram planos de vingança para a vida adulta. Não tendo recebido tratamento para os seus traumas, acabam por se estranhar com a fobia ao heterossexual. Um desses planos de vingança se evidencia na criação de movimentos políticos que visam o extermínio compulsório da heterossexualidade devido à aversão ao sexo oposto, o que se denomina heterofobia. Esta é também uma tentativa inócua de combater a violência de homens contra mulheres, uma vez que não combate o abuso sexual contra a criança e o adolescente, nem a sua naturalização. Como foi visto, a heterossexualidade não é a causa da violência de homens contra as mulheres; antes, a sua origem está na normalização da cultura homossexual abusiva, que ocorre, principalmente, entre os seres humanos do sexo masculino a partir da infância.

Neste trabalho, então, buscamos evidenciar a relação entre a banalização do abuso sexual de crianças e adolescentes e a estreita relação desse tipo de abuso com a violência contra mulheres e com a heterofobia. Um simples olhar mais atento e acurado sobre os movimentos sociais e leis concernentes, principalmente quanto à livre expressão sexual, revela a intrínseca relação entre tais assuntos, bem como a pertinência do que aqui foi exposto.

Ressalto, portanto, que o movimento de apoio aos que voluntariamente desejam deixar a homossexualidade e os movimentos sociais que objetivam a liberação sexual diferem, essencialmente, em seus objetivos: enquanto estes visam à liberação e livre expressão sexual, inclusive de crianças e adolescentes, invertendo a realidade ao declararem que a “heterossexualidade compulsória e a homofobia” são as causas da violência contra mulheres e homossexuais, aquele diz NÃO AO ABUSO SEXUAL, especialmente ao abuso homossexual entre meninos, de adolescentes com os meninos e, principalmente, de homens com meninos/adolescentes. Assim, o movimento de apoio ao ser humano de todas as faixas etárias, tanto do sexo masculino quanto do feminino, levanta a BANDEIRA da união de todos pelo fim da cultura da banalização do abuso sexual.

A sabedoria popular diz: “Mais depressa se pega um mentiroso que um coxo”.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JUSTINO, Rozangela Alves. Câmara dos Deputados. Deputado Federal Henrique Afonso. A “NORMALIZAÇÃO” DA PEDOFILIA. Brasília: Centro de Documentação e Informação - Coordenação de Publicações, 2008.

MANUAL SOBRE CRIMES DE ABUSO SEXUAL INFANTIL: para promotores de justiça. Rio de Janeiro: PGJ, 2004.

NOLASCO, Sócrates. De Tarzan a Homer Simpson: banalização e violência masculina em sociedades contemporâneas ocidentais. Rio de Janeiro:Rocco, 2001.

WELZER-LANG, Daniel. Estudos Feministas. vol 9, N.2. A construção do masculino, dominação das mulheres e homofobia. Santa Catarina: CFH/UFSC, 2001.

WWW.ABRACEH.ORG.BR


[1] Rozangela Alves Justino é Psicóloga (CRP 05/4917), especializada em Psicologia Clínica e Escolar/educacional. Pós-graduada em Psicodrama e Psicopedagogia, possui, ainda, treinamento em EMDR (Terapia do Estresse Pós-traumático). Cursou a especialização em Atendimento a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência Doméstica/PUC-RJ.

[2] Desde 2009, fui proibida, por determinação do CFP – Conselho Federal de Psicologia –, de apoiar pessoas que voluntariamente desejam deixar a homossexualidade. Tenho mantido a posição de obediência ao Conselho Profissional até que meu processo seja anulado na justiça comum, e as autoridades reconheçam a minha liberdade constitucional e humana de continuar a realizar tais atendimentos.

[3] Fobia ao heterossexual, à heterossexualidade.

[4] WELZER-LANG, Daniel. Estudos Feministas. vol 9, N.2. A construção do masculino, dominação das mulheres e homofobia. Santa Catarina: CFH/UFSC, 2001.

[5] É a Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006, que cria mecanismos para coibir e proibir a violência contra a mulher.
[6] Manual sobre crimes de abuso sexual infantil: para promotores de justiça. Rio de Janeiro: PGJ, 2004, p. 9
.
[7] NAMBLA é uma associação americana que tenta naturalizar a relação sexual entre crianças e adultos em todo o mundo e parece já ter filial no Brasil. Na Holanda já existe, inclusive, partido político pedófilo.

A "NORMALIZAÇÃO" DA PEDOFILIA

Este artigo é uma publicação da Câmara dos Deputados Federais. Centro de Documentação e Informação Coordenação e Publicações. Brasília, DF, 2008. Faz parte de uma coletânea de artigos que o Deputado Henrique Afonso-AC reuniu no livro: EM DEFESA DA VIDA E DA FAMÍLIA, Em maio de 2008.

A “NORMALIZAÇÃO” DA PEDOFILIA
Por Rozangela Justino
[1]

Segundo o “Manual sobre crimes de abuso sexual infantil: para promotores de Justiça” (2004: 9):
• Uma criança é sexualmente abusada a cada 4 segundos;
• Uma em cada 3 garotas e 1 em cada 4 garotos são abusados sexualmente antes dos 18 anos;
• Somente uma em cada 4 garotas e 1 em cada 100 garotos têm o abuso sexual denunciado;
• 50% das vítimas se tornam abusadoras;
• Durante uma vida, um pedófilo ativo abusa, em média, de 260 crianças ou adolescentes.

Visto que abusar é não respeitar limites, o abuso sexual ocorre quando os limites da sexualidade individual são desrespeitados, desqualificados, minados, abalados, desconstruídos, destruídos, banalizados e diversificados, sendo a livre expressão sexual liberada. Além disso, estudiosos e profissionais que atendem autores e sobreviventes de abuso sexual declaram que, paralelamente a este, sempre houve ou há ocorrência de outros tipos de violência como o abuso psicológico, o abuso físico, o abuso de autoridade, o abuso de poder, o abuso espiritual e a traição da confiança.

COMO A PEDOFILIA É VISTA PELA OMS

Em sua atual publicação da CID 10 – Classificação Internacional das Doenças –­, mais especificamente na Classificação dos Transtornos Mentais e de Comportamento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) inclui a PEDOFILIA (F 65.4) entre os Transtornos de Preferência Sexual (F-65), juntamente com o fetichismo (F 65.0), transvestismo fetichista (F 65.1), exibicionismo (F 65.2), voyeurismo (F 65.3), sadomasoquismo (F 65.5), transtornos múltiplos de preferência sexual (F 65.6); outros transtornos de preferências sexuais (F 65.8) e o transtorno de preferência sexual, não especificado (F 65.9). A PEDOFILIA é então definida como: “... preferência sexual por crianças, usualmente de idade pré-puberal ou no início da puberdade;... preferência por parceiros sexuais adultos, mas que, por serem cronicamente frustrados em conseguir contatos apropriados, habitualmente voltam-se para crianças como substitutos”. (Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento, CID-10: 215)

Os transtornos mentais e comportamentais apresentam-se acompanhados de um ou mais transtornos diversos, primários ou secundários, sendo os primários os mais importantes. Em pessoas acometidas pelo transtorno de preferência sexual pedofílica, por exemplo, a mesma pode ser primária ou secundária a um ou mais dos transtornos de preferência sexual já citados acima e/ou aos seguintes transtornos:
· de identidade sexual: transexualismo (F- 64.0), transvestismo (F 64.1), transtorno de identidade sexual na infância (F 64.2);
· psicológicos e de comportamento associados ao desenvolvimento e orientações sexuais (homo, hétero e bissexual): transtorno de maturidade sexual (F 66.0), orientação sexual egodistônica (F 66.1); transtorno de relacionamento sexual (F 66.2); outros transtornos de desenvolvimento psicossexual (F-66.8); transtorno de desenvolvimento psicossexual, não especificado (F 66.9);
· mentais e de comportamento (do F-00 ao F-99), tais como: transtorno obsessivo-compulsivo; de dependência emocional; os esquizoafetivos; os de hábitos e impulsos; os de conduta não socializada, etc.

COMO E ONDE OCORREM OS ABUSOS SEXUAIS

O abuso acontece na interação entre duas ou mais pessoas, sempre envolvendo crianças e adolescentes. Geralmente, o abusador é mais velho ou mais forte que a vítima e exerce alguma forma de autoridade ou poder sobre ela, o que mina os controles individuais de forma a parecer que a criança, assim como o adolescente, consentiu e quis ser abusada(o). Tal ato pode ser violento, porém ocorre mais comumente pela sedução e estímulo do abusador sobre a vítima, de forma a fazê-la sentir-se responsável pelo acontecido. É necessário que se desfaça o mito de que o abuso sexual ocorre somente quando há contato físico, visto que renomados estudiosos e profissionais consideram até mesmo as palavras com conotação sexual, ditas de forma a seduzir o outro ou a causar constrangimento, também uma forma de abuso, gerando conseqüências negativas à saúde mental do vitimado. As imagens sensuais ou eróticas apresentadas em programas e propagandas de TV, Internet e outros meios de comunicação, além das manifestações culturais em músicas, poesias, artes, moda e toda outra forma imaginável que possa levar crianças e adolescentes a se excitarem sexualmente são tipos de abusos sexuais.

Quanto aos locais em que tais atos ocorrem, devem-se destacar com especial atenção os banheiros públicos, de shoppings, cinemas, rodoviárias, aeroportos, igrejas, escolas, universidades, lanchonetes, restaurantes e outros, especialmente os banheiros masculinos. Ao longo de minha prática profissional, tenho ouvido muitos relatos, principalmente de adolescentes, quanto à exposição dos órgãos genitais nos mictórios, sem cabines individuais, o que oportuniza desde o toque até a realização de “brincadeiras” sexuais. Por tal facilidade, muitos têm elegido banheiros como “pontos de pegação homossexual”, e muitos pedófilos cometem ali tais abusos sexuais homossexuais contra jovens. Muito tenho ouvido de homens compulsivos por essas práticas em banheiros públicos masculinos; por isso, tenho insistido em que se tome como medida preventiva a construção de banheiros com divisão individual, como nos femininos, que impede a entrada de mais de uma pessoa por vez, com portas voltadas para a vista do público, além da vigilância quanto à presença de crianças e adolescentes no recinto. Alguns lugares, como grandes shoppings, já têm investido nestas construções, criando até o “espaço família”, para que os pais acompanhem seus filhos pequenos, mas ainda há muito para se fazer e a participação do setor público se faz de grande importância.

Apesar do Manual para Promotores de Justiça mostrar uma estatística baseada em denúncias, o silêncio ainda impera entre os sobreviventes dos abusos sexuais, especialmente quando estes ocorrem dentro do próprio lar. Por outro lado, muitas pessoas abusadas não têm consciência dos abusos que sofreram devido à banalização de tais atos, como, por exemplo, as brincadeiras com conotações sexuais constrangedoras, tomadas como “naturais”, ou que fazem parte da cultura ou são impostas para serem naturalizadas. Tudo isso sugere que o número de pessoas abusadas sexualmente seja muito maior do que o apresentado no Manual, e os próprios promotores têm consciência desta realidade.

O QUE CARACTERIZA O ABUSO

Instituições de apoio ao ser humano e à família, como o Observatório da Infância (antiga ABRAPIA - Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e a Adolescência), profissionais, estudiosos e teóricos, dentre eles Furniss, Azevedo, Guerra, Fahlberg, Galvão, Buck, Forward, Zwalen, Cukier e outros (ver bibliografia no fim deste trabalho), concordam que há abuso sexual quando uma criança ou adolescente é manipulada(o) por algum adulto, pessoa mais forte ou cinco anos mais velha que ela(e) através de oferta de recompensas, presentes, carinho, afeto, privilégios, etc, e/ou é obrigado(a) através de ameaças físicas ou verbais a:
· despir-se parcial ou totalmente;
· deixar tocar em seus órgãos genitais (pênis, vulva);
· masturbar-se ou participar com adulto em masturbação;
· contemplar a nudez total ou parcial de outra pessoa;
· participar de ato sexual normal, oral ou anal;
· assistir a filme, ver revista, foto ou site que contenha cenas de sexo explícito entre pessoas do mesmo sexo ou do sexo oposto envolvendo objetos, animais ou qualquer outro elemento estranho;
· ser protagonista de filme ou foto pornográfica, na companhia de outra criança, adolescente, adulto, animal ou fazendo uso de objetos ou outro elemento estranho;
· participar de conversas abertas sobre sexo para despertar o interesse sexual ou chocar;
· receber telefonemas obscenos;
· incluir no abuso sexual flagelação, tortura e surras;
· ver pornografia para estimular a curiosidade e/ou mostrar como o autor deseja que seja praticado o sexo.

Em Sobrevivência Emocional – as dores da infância revividas no drama adulto, Rosa Cukier cita alguns outros teóricos que também consideram abuso sexual quando a criança ou adolescente:
· é intimidada(o) sexualmente através de situações em que viu, ouviu coisas que não quis ou não pôde entender, sentindo-se envergonhada(o), como ouvir ou observar as relações sexuais dos pais, por exemplo;
· é considerada(o) por sua mãe/madrasta mais importante que o seu pai/padrasto; é considerada por seu pai/padrasto mais importante que a sua mãe/madrasta, o que faz com que esta criança/adolescente sinta-se o “marido ou a esposa” na relação familiar e não o filha(o), enteada(o);
· tem seu corpo admirado de tal forma que seu pai/mãe ou padrasto/madrasta chegam a verbalização seu desejo de ter outra idade para namorar ou casar com esta criança, dizendo-a (o) melhor, mais esperta(o), bonita(o) e capaz que o próprio cônjuge;
· tem sua higiene pessoal feita por adulto mesmo em idade e condições de realizá-la sozinha (o), sob qualquer pretexto;
· não recebe informação sexual adequada a sua idade ou as recebe distorcidas ou mesmo em excesso para sua faixa etária. Ex. A menina que não sabe o que é menstruação, que pensa que beijar engravida, a criança/adolescente a quem foi dito que a masturbação causa lesões físicas, que aprendeu coisas para as quais ainda não estava preparada (o) e não podia compreender por ser muito pequena(o), o que lhe causou confusão, medo, etc;
· é tão pequena(o) que não compreende a intenção sexual, mas percebe algo no comportamento do adulto que lhe faz sentir vergonha, lesa sua auto-estima e traz sentimentos de conseqüências terríveis para o seu futuro, passando a se sentir fadada(o) a um destino trágico.

O ESTÍMULO SOCIAL À PEDOFILIA

As crianças podem ser estimuladas sexualmente quando, involuntariamente, assimilam de modo subliminar os conceitos e valores advindos da liberação sexual. A estimulação vem de propagandas e marketing de produtos que são associados a imagens sensuais e sexuais observadas através de filmes, outdoors, periódicos, teatros e até mesmo nos programas e propagandas envolvendo crianças e adolescentes, além das manifestações culturais produzidas especialmente para elas.

No calendário cultural do país, já foram incluídas diversas manifestações populares que incluem naturalmente cenas sensuais, de simulação de sexo (explícito ou não) sem censura, nas quais participam crianças e adolescentes. São imagens advindas da música, da poesia, das artes plásticas, até do Carnaval e das passeatas gays. Tais manifestações 'culturais' podem ser assistidas abertamente e, além da livre manifestação sexual dos participantes, as imagens têm divulgação muitas vezes simultânea pela mídia. Em uma observação mais detalhada, poderíamos, então, afirmar que há na sociedade uma forma de aceitação da pornografia ao vivo. O modo como periódicos, revistas e mesmo livros escolares abordam as imagens de pessoas nuas ou semi-nuas e a exposição dessas imagens nas bancas de jornais, sem controle do conteúdo, também chega a ser abusiva, mesmo porque é um comércio realizado inclusive junto a escolas. As crianças e adolescentes levados a assimilarem esses comportamentos como normais também podem assimilar que esta é a maneira adequada de se comportarem no contato físico na relação abusiva.

Também não se pode deixar de citar o incentivo fornecido pelo próprio Estado quando este distribui cartilhas “educativas” a crianças e adolescentes nas escolas, orientando-as quanto ao comércio do sexo, e ao defender a inclusão pelo Ministério do Trabalho da prostituição como categoria profissional.

Esses estímulos criam uma certa passividade social e cultural com relação às mais diversas formas de abusos, sem mesmo que se tenha a consciência de os estar sofrendo ou praticando, ainda que de forma sutil. Certamente, autores de abusos aproveitam tal passividade para se estimularem sexualmente, estimulando também possíveis futuras vítimas.

CARACTERÍSTICAS DOS PEDÓFILOS

Os autores de abusos sexuais estão presentes em todas as classes sociais, etnias, religiões e profissões, independente da orientação sexual homossexual ou heterossexual. São pessoas de aparência normal como empresários, políticos, profissionais da área da saúde ou educação, escritores, artistas, donas-de-casa, de alto ou baixo poder aquisitivo. Podem ser adultos que mantêm atividades sexuais com outros adultos, mas que em determinadas situações abusam de crianças e adolescentes. São imaturos emocionalmente e podem cometer os abusos freqüentemente ou não, quando incapazes de adotar linhas de comportamento sexual adulto; apresentam conflitos matrimoniais; insatisfação sexual; baixa auto-estima; abuso de álcool e outros tipos de drogas; são ansiosos e inseguros e temem as relações sexuais com adultos por medo de não estar à altura do parceiro(a) e por receio de sofrer críticas ou rejeição. Por isso, relacionar-se com crianças lhes dá segurança, pois controlam a situação e podem se apresentar como pessoas experientes que ensinam coisas ‘muito importantes’ para a vida de suas vítimas, racionalizando os abusos sexuais e atribuindo-os às circunstâncias em que foram produzidos. Os pedófilos costumam afirmar que a vítima não é a criança, mas eles próprios, e interagem com as crianças como se elas fossem maiores de idade. Porém, também cabe observar que algumas pessoas, movidas por interesses políticos e econômicos, têm se envolvido em abusos e exploração sexual de crianças e adolescentes como uma grande oportunidade de mercado, contribuindo para o aumento do crime organizado para este tipo de violência contra crianças e adolescentes.

CONTEXTUALIZANDO: UMA ABORDAGEM POLÍTICA PARA UM PROBLEMA DE SAÚDE MENTAL, SOCIAL E LEGAL

Os contextos social, grupal e individual em que ocorrem os abusos influenciam-se mutuamente. Querendo ou não, todos nós estamos envolvidos com o abuso sexual que acontece nos lares e nas comunidades nacional e internacional.

Teóricos como Judith Butler
[2], do movimento da desconstrução social, também denominado “queer”, composto pelos movimentos homossexual, feminista e o da revolução científica, juntamente com anarquistas, anti-sociais, satanistas e todos os outros opositores do atual sistema de crenças e valores sociais, especialmente dos valores cristãos, já declaram que o incesto é um tabu que precisa ser desconstruído e que as relações sexuais entre pais ou familiares com as crianças e os adolescentes devem fluir livremente, sem censuras, pois as proibições não passam de “tabus” criados pelo sistema patriarcal e pelo que denominam “normatividade compulsória heterossexual”. Tais movimentos sociais, especialmente os movimentos pró-homossexualismo e feminista, estão empenhados em aprovar Projetos de Leis no Brasil para garantir “os seus direitos”, ou seja, a legalização da diversidade e da livre expressão da orientação sexual. Seus argumentos para a implantação de políticas públicas antidiscriminação têm sido a dos assassinatos de homossexuais em função da sua orientação sexual e os direitos das mulheres sobre o próprio corpo. No entanto, o Brasil é um dos países mais tolerantes quanto ao movimento pró-homossexualismo, a discriminação e o assassinato de pessoas, inclusive de crianças ainda no ventre materno, com altas taxas em toda a população, em especial entre os de baixo poder aquisitivo, os negros, além de crianças e adolescentes que têm sido as principais vítimas da violência.

Participando de conferências e congressos de gays e lésbicas, já presenciei os próprios ativistas declararem quanto ao seu empenho em aprovar as leis de “políticas antidiscriminação” para depois, então, aprovarem “outras”, pois querem que sejam legalizadas todas as formas de expressão sexual, visto que “o importante é ser feliz”. Parece que a livre expressão da orientação sexual envolvendo crianças e adolescentes está incluída na diversidade sexual tão proclamada por estes movimentos sociais!

Embora, no Brasil, estes movimentos sociais estejam empenhados em aprovar leis para avançarem em seus direitos, estudiosos já pontuam que os mesmos estão se divertindo com os efeitos do seu movimento desconstrutor na sociedade, ou seja, com a subversão, desordem, desestabilização e criação de novos conceitos e valores, inclusive familiares, abalando os alicerces já estabelecidos, onde a destruição pessoal e a do seu próximo parecem inclusas. Mostram ter perdido o sentido pleno da vida e propõem uma cultura de morte (morte dos valores sociais, da dignidade humana, da garantia de direitos individuais que tanto apregoam). É possível que esse seja um movimento de revolta identificado com autores de abusos que agora queira destruir a humanidade a partir da liberação sexual, onde o abuso já faz parte do repertório.

Esses movimentos sociais são financiados pelos países desenvolvidos, que desejam o domínio político e econômico dos países em desenvolvimento, tais como o Brasil, a partir do controle demográfico. A grande preocupação destes países é com a “política do alimento”, e apoiar o desconstrutivismo é uma das estratégias para reduzir a população e alimentar os países que têm mais poder político e econômico em relação aos demais. Assim, temos uma abordagem política para um problema que deveria ser de saúde social e mental, como podemos perceber nas observações abaixo:

O abuso sexual gera um problema de saúde mental, especialmente porque uma fase do desenvolvimento humano foi desrespeitada. Por sermos seres sexuados, a criança não pode evitar o estímulo sexual quando forçada a um desenvolvimento fálico prematuro. A criança é uma pessoa estruturalmente dependente de cuidados físicos, emocionais e, muitas vezes, o único afeto significativo que recebe é por parte do autor do abuso, podendo ser esta a razão para a cumplicidade da criança com seu abusador, observada em muitos casos. Por outro lado, a criança que recebe sexo em vez de carinho pode sentir-se tão confusa e culpada que pareça se insinuar sexualmente quando, na verdade, procura afeto. A responsabilidade pelo abuso é do autor, e não da criança, pois ainda que “pareça” querer seduzir, a criança precisa ser orientada pelo adulto que este comportamento não é apropriado para a sua faixa etária. Os limites da relação podem não ser observados, pois há freqüente dificuldade em separar o afeto do sexo na relação com crianças e adolescentes por parte do autor do abuso sexual, que pode ser uma pessoa com facilidade para lidar com crianças, que demonstre afeto especial e tenha acesso fácil a elas.

Este é um problema de saúde mental porque tanto autores quanto vítimas de abusos podem guardar dentro de si uma criança ferida – autores de abusos sexuais podem ter sido vitimados e, ao se identificarem com quem abusou deles, podem também se tornar perpetradores de abusos. No processo de intervenção, todos devem ser tratados, apoiados: autor, vitimado, família e apoiadores – profissionais, conselheiros espirituais, família, amigos. Devido à complexidade do problema, exige-se para o trabalho uma equipe interdisciplinar e multiprofissional.

Enquanto problema social e legal pelo envolvimento do crime organizado com finalidades políticas e econômicas internacionais, o trabalho necessita ser realizado em parceria com o poder público, do Ministério Público aos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo; das autoridades ao indivíduo, todos devem participar da discussão e ações preventivas quanto ao abuso sexual. A impotência diante do abuso sexual sugere que toda a sociedade possa estar implicada com este assunto e enfermada por ele. Os abusadores sociais, com finalidades políticas e econômicas, podem sentir gozo diante da possível aceitação e naturalização do abuso sexual, mas na verdade o que ocorre é a manipulação social por um movimento que lucra com apetites sexuais desenfreados de muitos adultos vitimados, sobreviventes dos abusos sexuais e que não foram tratados, que acabam se deixando levar por este movimento usurpador que não respeita nem mesmo as crianças e os adolescentes como pessoas em processo de desenvolvimento.

Nunca se falou tanto em proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes e nem as autoridades e a população se sentiu tão impotente; possivelmente também pela falta de definição e identificação contextualizadas, dificultando a tomada de medidas de prevenção dos abusos sexuais, haja vista que as próprias “manifestações sócio-culturais” abordadas anteriormente já terem sido absorvidas pela sociedade. Pode parecer redundante, mas é preciso muita atenção para que se identifique um possível crime organizado com o intuito de nos educar a aceitar o abuso sexual como natural, sendo seus principais mentores que manipulam pessoas através do poder político e econômico, possivelmente para o controle de população. Além disso, em países onde a diversidade sexual e a livre expressão da orientação sexual já se encontram legalizadas, como a Holanda, além de associações há também partidos políticos declaradamente pedófilos.

Em síntese, o abuso sexual contra a criança e o adolescente envolve saúde mental, saúde social e é um problema legal porque pode gerar confusão mental na vítima de tal forma que ela experimente um misto de repulsa, raiva, ódio, aversão pelo autor do abuso, ao mesmo tempo em que deseja a sua proximidade, pois o abuso sexual pode excitar, dar prazer e viciar. Por essas razões, a vítima poderá sentir-se culpada por não ter conseguido impedir o prazer no abuso, além de ser atraída para um círculo vicioso, uma espécie de ritual que acontece na relação abusador/abusado, parecendo para ela desejar mais e mais o abuso, como se uma força maior a envolvesse nisso. Esse é o efeito perverso da lavagem cerebral para a naturalização do abuso sexual, que leva perpetradores e perpetrados pelo abuso a uma interação aditiva que alimenta o comportamento pedofílico, cujo agravante pode chegar à exploração sexual, em que o abuso sexual se torna uma máquina de fazer dinheiro.


OUTROS EFEITOS DO ABUSO

O abuso sexual causa depressão, baixa auto-estima, insegurança, desestabiliza as relações familiares e sociais, gera desconfiança em todas as relações, causa impotência sexual, frigidez, fobias, pânicos diversos, homossexualidade, aborto, morte, além da própria pedofilia e transtornos sexuais, comportamentais, relacionais e afetivos diversos.

Apesar da sexualidade estar sendo tão debatida, nunca vimos na história da humanidade pessoas com tantas dificuldades em lidar com ela, por vezes podendo ser confundidas com animais irracionais por manterem relações sexuais em qualquer lugar, de qualquer maneira e com qualquer pessoa ou ser vivo, mesmo um animal, ou objeto! Como se não bastasse, a propaganda de estimulantes do apetite sexual e as cobranças para que se tenha muito desejo e desempenho faz com que as pessoas considerem natural a resposta sexual em todos os ambientes em que se encontram. Assim, cresce a cultura da morte, onde mais e mais pessoas, especialmente os jovens, não se importam com as ISTs - Infecções Sexualmente Transmissíveis, Aids e bactérias, a praga mais atual, advindas da sodomia (relações sexuais anais). Tudo isso pode gerar morte física, emocional e espiritual dos protagonistas envolvidos nos abusos sexuais. Os laboratórios farmacêuticos também lucram com medicamentos para estimular o apetite sexual, coquetéis para infecções sexualmente transmissíveis, aids e bactérias mortíferas, além de ansiolíticos, antidepressivos e todos os medicamentos utilizados na psiquiatria.

A minha hipótese é que, na atualidade, 100% da humanidade sofreu ou sofre abuso sexual nos diversos moldes aqui descritos, enquanto que, de acordo com o Manual para Promotores de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, 50% ou mais dela é autora de algum tipo de abuso sexual, como inclusive reconhecem alguns promotores de Justiça com quem já tive a oportunidade de trocar informações.

Hoje, conter o abuso sexual é um grande desafio para a sociedade implicada diretamente com os abusos, escravizada por ele, atendendo assim aos já citados interesses políticos e econômicos por trás desta violência que tem como pano de fundo o controle demográfico, ou seja, a solução para o problema de alimentação dos países desenvolvidos (também chamados do Norte), através da escravização sexual dos países em desenvolvimento (denominados do Sul, “O quintal do Norte”) e sua conseqüente degradação moral, sexual, espiritual e, por fim, destruição e morte.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Art. 227 da CF/88 declara que todos somos considerados responsáveis por colocar as crianças e os adolescentes a salvo de formas de exploração, violência e crueldade contra a eles, e o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente - coloca como dever de todos (família, sociedade, poder público) denunciar, inclusive suspeitas de abusos sexuais, ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público. Porém, denunciar por si só não se tem apresentado eficaz para conter o abuso sexual propriamente dito, o que URGE é a realização de um trabalho de conscientização do que fora aqui exposto a pessoas físicas e jurídicas, grupos sociais, à sociedade como um todo, envolvendo as autoridades e o poder público em geral na prevenção de abusos sexuais, pois todos nós estamos implicados em tal situação, somos responsáveis por denunciá-la e tratá-la, além de agir preventivamente para não sermos minimamente coniventes e co-autores de abusos sexuais praticados contra nossas crianças e adolescentes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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AZEVEDO, Maria A e GUERRA, Viviane N.de A. Pele de Asno Não é Só História... – um estudo sobre vitimização sexual de crianças e adolescentes em família. São Paulo: Roca, 1988, 151p.

BAUDRILLARD, Jean – As Estratégias Fatais. Tradução: Ana Maria Scherer. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, 169p.

BUCK, C. e FORWARD, Susan. A Traição da Inocência – o incesto e sua devastação. Tradução de Sergio Flaksman. Rio de Janeiro: Rocco, 1989, 221p.

BUTLER, Judith P. - Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução: Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, 236p.

CLASSIFICAÇÃO DE TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO DA CID-10: Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas – Coord. Organização Mundial de Saúde. Trad. Dorgival Caetano. – Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

CLOWES, Brian – Os Fatos da Vida – um guia indispensável para as questões da vida e da família. DF: Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, 1999, 540 p.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, promulgada em 5 de outubro de 1988. Editora Saraiva, 18º edição, atualizada e ampliada, 1998.

CUKIER, Rosa. Sobrevivência Emocional – as dores da infância revividas no drama adulto. São Paulo: Agora, 1998, 118 p.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Lei 8.069, de 13 de julho de 1990, Editora Saraiva, 8a. edição, atualizada e ampliada, 1998.

FAHLBERG, Victoria. Fatores que Influenciam o Risco de Violência Doméstica. Rio de Janeiro. Publicação Interna do Departamento de Serviço Social da PUC – Rio, 1996.

FURNISS, Tilman. Abuso Sexual da Criança – uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre – RS:Artes Médicas, 1993, 337p.

GALVÃO, Lucilio N. Exploração Sexual das Crianças – a Pedofilia. Revista Miriam, nov/1996.

HALL, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-modernidade - Tradução: Tomaz Tadeu da Silva, Guacira Lopes Louro - 10a. ed - Rio de Janeiro: DP&A, 2005, 102 p.

LOURO, Guacira Lopes - Um Corpo Estranho - ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2004, 96p.

MANUAL SOBRE CRIMES DE ABUSO SEXUAL INFANTIL: para promotores de justiça. Rio de Janeiro: PGJ, 2004.

NOLASCO, Sócrates - De Tarzan a Homer Simpson: banalização e violência masculina em sociedades contemporâneas ocidentais. Rio de Janeiro: Rocco, 2001, 318 p.

SILVA, Tomaz Tadeu da - Identidade e Diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000, 133p

ZWAHLEN, Isabel – Abuso Sexual. São Paulo: Bompastor, 1996, 85p.
[1] Rozângela Alves Justino é graduada em Psicologia (CRP 05/4917), especialista em Psicologia Clínica e Escolar-educacional, cursou a especialização em Atendimento a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência Doméstica, PUC-RJ, é pós-graduada em Psicodrama e Treinamento em EMDR (Terapia do estresse pós-traumático). Desde 1985 apóia sobreviventes de abusos sexuais, dentre eles, desde 1988, os que voluntariamente desejam deixar a atração pelo mesmo sexo. Em janeiro de 2004, criou a ABRACEH -Associação de Apoio ao Ser Humano e à Família.

[2] Judith Butler, feminista e ativista ‘queer’, é uma das teóricas desconstrutivistas de maior influência no atual cenário sócio-político a defender inclusive argumentos em defesa das relações incestuosas.

PEDOFILIA: UMA SABOTAGEM AOS DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES




Por Rozangela Alves Justino


Meus primeiros escritos sobre este tema datam de 2006. Entretanto, ao revisá-los para este artigo, percebi que poucas alterações seriam necessárias, pois, infelizmente, o tema continua atual. Inicio, então, propondo alguns questionamentos:

• Por que o governo brasileiro insiste em apresentar resoluções para a “livre expressão da orientação e da diversidade sexual” na ONU?
• Combater o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes tem sido prioritário em nossa sociedade?
• É preciso que o Ministério da Educação firme convênios com movimentos sociais para promover a livre expressão da orientação e diversidade sexual das crianças nas escolas brasileiras?
• O dinheiro investido pelo poder público para promover a liberação sexual no Brasil poderia ter outro destino?
• O interesse em produzir “um novo saber” acerca da homossexualidade por parte de ativistas, da mídia, de alguns intelectuais da academia e de conselhos profissionais não poderia se abrir à discussão com grupos, profissionais e estudiosos que discordam desse novo saber, em prol de uma conhecer científico melhor embasado?
• Por que o “movimento de apoio” e os psicólogos que apoiam os que voluntariamente desejam deixar a homossexualidade são tão perseguidos no Brasil?

Há tempos que se buscam respostas para essas questões sem que as encontre. No entanto, sabemos que há movimentos internacionais que propõem o "livre amor entre homens e meninos”. Entre tais grupos estão a ILGA (Associação Internacional de Gays e Lésbicas) e a NAMBLA (sigla em inglês para Associação Norte Americana de Amor Entre Homens e Meninos).

No boletim de notícias da Comunidade Gay, há um artigo escrito pelo militante Michael Swift (15-21 de fevereiro de 1987), que se proclama revolucionário gay. O texto foi citado tanto por Severo (1998, p. 54), pesquisador do movimento homossexual, quanto em seu inteiro teor por Dobson (2003, p.136-137), conforme transcrito abaixo:

"Nós sodomizaremos seus filhos, emblemas de sua frágil masculinidade, de seus sonhos superficiais e mentiras vulgares. Vamos seduzi-los nas escolas, nos dormitórios, nos ginásios, nos vestiários, nas quadras de esportes, nos seminários, nos grupos de juventude, nos banheiros dos cinemas, nas casernas do exército, nas paradas de caminhões, nos clubes masculinos, nas casas do Congresso, onde quer que homens fiquem juntos com homens. Seus filhos se tornarão nossos subordinados e cumprirão nossas ordens. Serão refeitos à nossa imagem. Irão ansiar por nós e adorar-nos.

Todas as leis que proíbem a atividade homossexual serão revogadas. Em vez disso, serão expedidas leis que produzam o amor entre homens. Todos os homossexuais devem unir-se como irmãos; devemos nos unir artística, filosófica, social, política e financeiramente. Só triunfaremos quando apresentarmos uma face comum para o odioso inimigo heterossexual.

A unidade familiar – campo crescente de mentiras, traições, mediocridade, hipocrisia e violência – será abolida. A unidade familiar, que só refreia a imaginação e reprime o livre-arbítrio, deve ser eliminada. Meninos perfeitos serão concebidos e criados em laboratório genético. Irão unir-se num ambiente comunitário, sob o controle e instrução de cientistas homossexuais.

Todas as igrejas que nos condenam serão fechadas. Nossos únicos deuses são os jovens bonitos. Aderimos a um culto de beleza, moral e estética. Tudo o que é feio, vulgar e banal será aniquilado. Desde que estamos afastados das convenções heterossexuais da classe média, temos liberdade para viver de acordo com os ditames da pura imaginação. Para nós demais não é suficiente.

Seremos vitoriosos porque estamos cheios da amargura feroz dos oprimidos, forçados a desempenhar partes aparentemente diminutas em seus tolos espetáculos heterossexuais através das idades. Nós também somos capazes de disparar armas e guarnecer as trincheiras da revolução final.

Tremam porcos heterossexuais, quando aparecermos diante de vocês sem máscara.”
(Swift, 1987)


Dessa forma, urge que se cuide da integridade física e moral de crianças e adolescentes, uma vez que a filosofia desses movimentos tem se concretizado através de ações junto ao poder público e à sociedade. Muitas vezes, a política de DIREITOS HUMANOS é manipulada por esses movimentos, que utilizam, em especial, o poder da mídia para a difusão dos seus intentos.

Chama atenção das instituições de apoio aos que voluntariamente desejam deixar a homossexualidade o fato de que, no mínimo, 85% das pessoas que procuram apoio sofreram abusos sexuais na infância e/ou adolescência, fato que parece contribuir para o desenvolvimento da homossexualidade de muitos apoiados, a maioria do sexo masculino.

A ABRAPIA - Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência, hoje chamada OBSERVATÓRIO DA INFÂNCIA, declara que 50% das vítimas de abusos sexuais tornam-se autoras de abusos. (ABRAPIA, 2002, p.7).

Esses números constam também do “Manual sobre crimes de abuso sexual infantil: para promotores de justiça” (PGJ, 2004, p.9). Além disso, a pesquisa mostra que somente 1 em cada 100 meninos têm o abuso sexual denunciado. Ainda assim, as estatísticas mostram que 1(um) em cada 4 meninos, e 1(uma) em cada 3 meninas são abusados sexualmente antes dos 18 anos. Dessa forma, a situação é mais séria do que se possa imaginar.

Se o movimento pró-homossexual declara que 10% da população brasileira “está homossexual”, podemos presumir que 85% dela pode ter sofrido abuso sexual, e que 42,5% seja autora de abuso sexual, seguindo as pesquisas da ABRAPIA e o Manual da Promotoria antes citados. Quantos milhões de brasileiros, que não receberam qualquer apoio para a reorientação sexual, podem ser autores de abusos sexuais? É só fazermos as contas.

O Art. 4º do ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente – convoca todo o cidadão a proteger os direitos das crianças e dos adolescentes; também o Art. 227 da CF/88 considera todos os cidadãos responsáveis por colocar crianças e adolescentes a salvo de formas de exploração, violência e crueldade; o Art. 70 do ECA trata da prevenção de ameaça aos seus direitos; o Art. 225 do ECA faz um alerta com relação aos crimes praticados por ação ou omissão e, fundamentado no Art. 245, do ECA, obriga todo cidadão a comunicar o caso de SUSPEITA DE ABUSO ou EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, sob pena de crime.

Portanto, quem sequer suspeita de uma situação de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes deve notificar ao Ministério Público, e/ou ao Conselho Tutelar, e/ou ao Juiz da Infância e Adolescência de sua cidade. A denúncia poderá ser anônima e também é feita através do disque 100.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRAPIA. Abuso Sexual: Por que?! Quem?!, O Que?! - Mitos e Realidade. Coleção Garantias de Direito,Nº 3, 1a. ed. Petrópolis, RJ: Autores & Agentes & Associados, 1997.

ACUPS - Associação Cristã Uruguaia de Profissionais da Saúde. Boletim Eletrônico de Fevereiro de 2004. Disponível em:http://www.chasque.net/acups / acups@chasque.net

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, promulgada em 5 de outubro de 1988, 18º ed., atualizada e ampliada. Editora Saraiva, 1998.

DOBSON, James. Educando Meninos. São Paulo: Mundo Cristão, 2003.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Lei 8.069, de 13 de julho de 1990, 8ª ed., atualizada e ampliada. Editora Saraiva, 1998.

JUSTINO, Rozangela Alves. Câmara dos Deputados. Deputado Federal Henrique Afonso. A “normalização” da pedofilia. Brasília: Centro de Documentação e Informação - Coordenação de Publicações, 2008.

MANUAL SOBRE CRIMES DE ABUSO SEXUAL INFANTIL: para promotores de justiça. Rio de Janeiro: PGJ, 2004.

SEVERO, Júlio. O Movimento Homossexual - sua história, suas tramas e ações, seu impacto na sociedade, seu impacto na igreja. Minas Gerais: Betânia, 1998.

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